sábado, 9 de março de 2013

09.03.2013


Estava eu um belo dia, tranquilamente chegando em casa, tarde da noite, depois de ir à casa de uma tia minha. Ela precisava de ajuda com seu novo aparelho de chá, e eu era a pessoa mais indicada.
Mal entro na garagem e me deparo com um sofá amarelo, que antes não se encontrava lá, e do qual eu não lembrava de modo algum. Sobre o sofá, sentavam-se duas mulheres, lindas tal qual afrodite, das quais também não tinha nenhum conhecimento. Mesmo sem conhecê-las, entro na garagem calmamente e sento-me junto a elas, naquele sofá estranho. Não sei, parando a analisar agora, onde estava com a cabeça, mas juro que fui lá conversar com duas desconhecidas que entraram em minha casa à noite e sem o meu conhecimento.
Imaginem minha surpresa quando as duas mulheres, ao sorrirem para mim, envocam um mar de aranhas que me cobrem por inteiro: rosto, braços, pernas... o corpo todo. Mal podia me mover. Sinto algo estranho debaixo daquelas aranhas, como se elas estivessem me picando tanto que eu nem sentia mais dor alguma. Tão de repente quanto elas vieram, foram embora.
Quando me vi descoberta daquele enxame de aranhas, percebi que em mim algo mudara. Da parte de baixo das minhas costas, onde antes se encontrava meu traseiro, saíam tentáculos e pernas de aranha, como se eu tivesse me tornado uma. Era uma visão nojenta, e quando levantei meus olhos, percebi que as duas moças que estavam no sofá também tinham aquilo, e que haviam se juntado a elas mais uma, um pouco mais nova e menos bonita.
Então elas me explicaram como funcionavam as coisas.
As duas mulheres iniciais eram chefes de um grupo que manipulava aranhas através de uma maldição, e que precisavam recrutar  mais meninas para a "gang" pois caso contrário sofreriam elas mesmas a maldição. Estavam me aliciando, e eu precisava ir atrás de mais moças. Os tentáculos iriam diminuir quando eu atingisse um número X de vítimas, até que sumissem. Nesse ponto eu poderia ir para casa e conviver com meus familiares e amigos, mas deveria continuar a missão.
Elas me mantiveram em cativeiro durante dias, dentro da minha própria garagem (que eu não sei como minha família não viu que eu estava bem ali). Eu não queria fazer vítimas, e chorava todos os dias, sem poder ver meus pais nem ninguém.
E foi nesse ponto que eu acordei.

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