quinta-feira, 28 de junho de 2012

Caro residente

Queria que soubesse,
caro residente,
que sinto por quebrar tantas vezes seu bem mais precioso.
Se soubesse como amar, teria feito tudo diferente.

Você costumava ser meu melhor amigo,
e se te magoei tanto assim,
foi porque você deixou que assim eu o fizesse.

Deixe, amigo meu, esse seu estilo livre voar
aceite meu parnasianismo, enquanto aceito esse seu romantismo incurável.
Me aceite.
E acredite que tudo o que fiz, foi por não saber como fazer de modo diferente.

E, enfim, me perdoe, por ser nada mais que eu mesma.


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Apenas mais uma confissão

Rasgo minhas páginas, esperando que assim você me veja melhor,
enquanto converso contigo, meus pensamentos se ajeitam dentro do seu espaço
se cutucam e acotovelam, tentando ter o seu lugar.
Cada lágrima que rola pelo meu rosto
é só mais uma angústia me deixando para trás.
Assim como Quintana deixava suas ilusões, ficando mais leve,
eu deixo que elas se vão nessa água salobra*. Respiro melhor agora.

O céu hoje estava tão mais lindo; e o azul, tão mais limpo.
E você, tão mais quente, enquanto me fazia mais feliz, somente de olhar para cima comigo
enquanto eu olho para a frente, por ti.
As árvores formavam desenhos pelo chão gramado,
contrastando com a pureza daquele céu.


E eu estava feliz. Feliz por te ter ao lado. 
Nada mais.


*Valeu, Lawisch!